por Érica Vidal Rotondano, terça, 16 de agosto de 2011 às 00:59
Eu nem sabia que existia, mas o facebook, que nunca guarda segredo de nada, me contou que hoje, 15 de agosto, era o meu dia e o dia de tantos por aí...
Programaço de final de Dia de Solteiro: fazer supermercado...E olha que eu nunca tinha reparado em tanta gente com cara de solteiro fazendo compras por aí. Pelos itens do carrinho os solteiros já se reconhecem...rsrs Excesso de todinho, pizza, sorvete, chocolate, miojo e bens de utilidade básica em minoria, apenas o estritamente necessário!
As estatísticas apontam, o censo não nos deixa mentir: os solteiros estão invadindo o mundo e mostrando a cara, pelo menos no book...rs
Houve um tempo em que não me permitia estar sozinha, sob hípótese alguma. Não importava não gostar, ou gostar mais ou menos. O que não podia era estar solteira. Parecia doença, praga, coisa assim.
Hoje sei que às vezes é condição, estado momentâneo.
Pode ser opção, porque nem sempre o que se mostra é o que se quer, o que se precisa em determinado momento.
Pode ser ideologia, o que não combina muito comigo, mas há quem defenda e pratique.
Independente da razão, percebo hoje, analisando minhas memórias, que estar solteiro não é sinônimo de solidão, amargura, desespero... Porque solidão, amargura, desespero também já experimentei no amor.
Eu já namorei muito, e já tive muuuuuitos problemas nos relacionamentos a dois. Já quis quem não me queria; já quis quem me queria também, mas isso nunca foi garantia de que daria certo; não quis quem me queria e hoje até poderia dar certo; já quis quem me queria e vivi coisas surpreendente e fui MUITO FELIZ, pelo tempo em que conseguimos e tivemos, ambos, vontade de fazer dar certo. Mas também vivi situações em que havia amor, havia vontade de fazer dar certo, mas... simplesmente há combinações que não fazem bem. Não adianta forçar, revirar, remoer, dar chances... é isso e ponto FINAL!!!
Já vivi momentos em que me acusei e acusei muito o outro por não ter dado certo...
Hoje relaxei, desencanei, perdoei, pratiquei o desapego, disse ADEUS (e literalmente entreguei a Deus...)
De tudo isso aprendi algo fundamental: que minha capacidade de amar, permanece inalterada, ainda com tantas marcas na alma, porque amores quando acabam ou quando puramente existem às avessas, deixam machucados.
E hoje, dia 15, solteira, amo muito tanta coisa a minha volta: amigos, poemas, canções, danças, bichinhos de estimação, trabalho, minha vida como está hoje...
E amando tanto, tanta coisa, descubro que amor não se esgota e sempre pode expandir. Amo assim, o que vier, o que conseguir chegar, o que quiser e se permitir ficar-estar com e assistir a vida virar de cabeça pra baixo pra encontrar uma nova ordem que comporte adição e divisão de histórias, marcas, sonhos e ações; multiplicação de risos, capítulos novos, novas estradas; subtração de dores, desabores.
Por fim, nem sempre a matemática é tão certa assim, ou tão celestial assim. Não tem com, entre duas pessoas imperfeitas. Não tem como, sendo o mundo mutação. Não tem como, sendo a vida um circular entre ciclos. Mas com jeitinho, calma, paciência, mesmo um resultado ruim pode ser revertido a nosso favor. E assim como nem tudo que reluz é ouro, nem tudo que parece morno, ou morto, está findo, acabado, porque a primavera me ensinou o poder do nascer e do renascer constante!!!!
Adorei este texto de minha amiga... daqueles que a gente lê e gostaria de ter escrito... Coincidentemente, na manhã do dia 16.11.2011 produzi um poemita, o qual aborda alguns tópicos similares ao tratados por Érica. Detalhe: eu não havia ainda lido o texto dela... pura sincronicidade... vai entender né 8471?
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